segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Na creche

Lá te deixo todos os dias minha pequenita. E quem diria que tu, tão estranha a novas pessoas desde pequenina, irias ficar todos os dias tão bem. É verdade que agora em setembro a professora mudou, mudaram algumas rotinas, topdos estão a deixar de serem bebés. E tu ficas bem, apesar de às vezes ainda me tentares seduzir com o teu olhar para ir brincar contigo para dentro da sala, com as canequinhas, os pratinhos, enquanto te sentas na mesinha e bebes o teu chá imaginário. É tão bom ver-te brincar, e imaginar, e sonhar. Mas hoje, como todas as 2ª feiras, os teus amiguinhos estavam chorosos, maçados, a quererem colo dos pais, e tu ainda me deitaste um olhar de quem não queria estar ali naquela mesa com eles e querias que eu fosse brincar contigo... e eu sopro-te um beijo e digo-te "até logo amor" porque é mesmo isso, apenas um breve até logo...

sexta-feira, 23 de março de 2012

A noite

Mais uma vez. Mais uma vez em braços, mais uma vez o cansaço, a doença, a dor. Tão pequenina e já tanto que se sofre. Eu sei, há dores piores. E a noite continua a não querer ser tua amiga, a não te dar a mão e o abraço que tanto precisas para poderes descansar. A noite é má, eu sei, mas nós estamos cá para te ajudar a compreendê-la.

Begining

If I had my child to raise all over again, I’d build self-esteem first, and the house later. I’d finger-paint more, and point the finger less. I would do less correcting and more connecting. I’d take my eyes off my watch, and watch with my eyes. I’d take more hikes and fly more kites. I’d stop playing serious, and seriously play. I would run through more fields and gaze at more stars. I’d do more hugging and less tugging. – Diane Loomans, from “If I Had My Child To Raise Over Again” from http://www.piperandpoppies.com/

quinta-feira, 15 de março de 2012

Avós

Às vezes quando estás com esta tua avó, lembro-me que gostava de ter passado mais momentos com as minhas próprias avós. Lembro-me das duas, tão distintas. Uma tão forte, independente, lutadora, engraçada mas só a tive até aos meus 9 anos (o que estas memórias perduram numa criança de 9 anos!) lembro-me das anedotas e de me fazer rir. A outra mais submissa, uma moira do trabalho, sempre com o cansaço no rosto que as rugas vincavam, sempre pronta a fazer arroz doce ou a dar mais qualquer coisa aos netinhos, sim, teve uma vida longa, mas sempre tão longe de mim. Vou lembrar-me sempre delas, para todo o sempre. Tenho pena de não tas ter apresentado, mas mais tarde vou dizer-te quem eram e como eram. E espero que tenhas muitos mais dias felizes com as tuas avós e avôs, porque não podemos esquecer a família, é ela que nos faz quem somos.

Um dia vais saber

Se tudo correr bem filhota, um dia vais saber o que é andar numa roda viva, com noites mal dormidas, com doenças e doençinhas. Talvez nesse tempo já tudo seja mais fácil, talvez tenhamos mais tempo para os nossos, e menos preocupações na vida. Gostava que nesse tempo eu estivesse cá para ti. Não para te orientar ou encaminhar, mas para te apoiar, que também precisamos disso quando estamos a crescer. Talvez nesse tempo tudo ande mais calmo e a vida seja mais serena.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A pequena princesa... há uns tempos atrás eu sei. É bom recordar. Mas é um amor em crescendo filha, hoje mais do que ontem e amanhã mais do que hoje, sempre assim será. Um dia talvez irás ler estas linhas, ou talvez não. Balanço positivo? sim, claro que sim que a balança pende sempre mais para as coisas boas da vida mesmo que ontem estivesse de trovoada. Só um medo: de algo de mau acontecer, de te perder, acho que ninguém quer isso mas eu sei que não basta nós querermos. Um beijo

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Doces sonhos

Hoje dormiste bem. Tudo de seguida. Adormeceste na nossa cama, como sempre. Nada de colos, uns mimos a almofada e nos dias mais cansativos é isso que basta. Nada de ouvidos maus a doerem, ou a barriga, nada. Nada de nada, espero eu. E é assim que o nosso dia começa bem, quando a tua noite corre bem